10 novembro, 2006

Homem mantém reféns dentro de ônibus na via Dutra


A polícia tenta negociar com um homem armado que mantém reféns, entre eles a ex-mulher, dentro de um ônibus na rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro. A operação policial ocorre na altura de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Um número ainda não confirmado de reféns já teria sido liberado e, de acordo com a Globonews, quatro pessoas ainda estão no veículo. A pista sentido Rio foi parcialmente interditada, mas já está liberada. O homem se diz traído pela ex-mulher e inconformado com a separação.
De acordo com a Globonews, o motorista do ônibus, que serve de interlocutor, afirmou que o homem tem o objetivo de manter apenas a ex-mulher dentro veículo. Ele teria dito que não vai se entregar com vida. As primeiras informações eram de que o motorista já havia sido libertado, porém, de acordo com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Rossano de Oliveira, ele ainda está no veículo.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, agora, o homem já está mais calmo e até chegou a falar em se entregar, caso a sua integridade fosse assegurada. Os agentes tentam localizar parentes e amigos do homem e da vítima para convencê-lo a libertar a ex-mulher.
Pelo menos dez viaturas tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Rodoviária Federal estão no local. O clima é tenso e os policiais agem com cautela, evitando se aproximar do ônibus. A polícia não confirmou a informação de que o homem teria assaltado um posto de gasolina e, na fuga, feito a mulher refém.
Segundo o inspetor Oliveira, o ônibus seguia pela Via Dutra quando um passageiro percebeu que havia um homem armado no veículo e acionou a polícia. O veículo, da Viação Tinguá, que faz a linha Cabuçú-Central do Brasil, foi interceptado na altura da Fábrica Grã-Fino.
O ônibus já foi retirado da rodovia e levado para o acostamento, para que o trânsito pudesse ser liberado. O tráfego é lento na região, tanto no sentido Rio quanto em direção a São Paulo. Devido à curiosidade, muitos motoristas diminuem a velocidade no local.

Ônibus 174

Um caso semelhante ocorreu em 12 de junho de 2000, quando um ônibus foi seqüestrado no bairro do Jardim Botânico, na zona sul da capital fluminense. No caso, que ficou conhecido como o do Ônibus 174, uma das reféns e o bandido foram mortos. Após esse caso, a polícia realizou vários treinamentos com policiais especializados para evitar desfechos semelhantes.
Sandro Barbosa do Nascimento manteve pelo menos dez reféns sob a mira de um revolver. Um policial, de forma precipitada, tentou acertar o criminoso e atirou à queima roupa na cabeça da refém Geísa Firmo Gonçalves, 20 anos, que morreu na hora.Ela também acabou levando outros tiros disparados pelo criminoso. Sandro foi mobilizado pela polícia, colocado na viatura e morto a caminho da delegacia.

FONTE: TERRA