15 agosto, 2006

SP: greve do metrô causa congestionamento recorde


A paralisação do metrô provoca transtornos e congestionamento recorde na cidade de São Paulo. Às 9h, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o índice registrado foi de 188 km, recorde do ano. Muitas pessoas que não foram avisadas da greve chegaram às estações, mas não puderam embarcar. Pelo menos 3 milhões de passageiros utilizam o metrô diariamente. Com a paralisação, o rodízio municipal de veículos foi suspenso.
A situação é mais complicada nas estações da zona leste como Tatuapé e Corinthians-Itaquera, de acordo com a rádio CBN. Os trens sequer deixaram o estacionamento e há grande congestionamento próximo às estações. Há grande concentração de veículos também na estação Conceição da Linha 1 Azul, em Jabaquara.
No terminal da Barra Funda, há grande movimentação de pessoas que chegam do interior do Estado e se deparam com os trens do metrô parados.
O pior ponto de lentidão em toda a cidade é registrado na Radial Leste, com 15,5 km entre a praça Divinolândia e a rua Santo Antônio, no sentido centro.
Na Marginal Tietê, sentido Castelo Branco, pista expressa, o motorista enfrenta 11 km de lentidão desde o viaduto Imigrante Nordestino até a rua Prof. Milton Rodrigues. Na pista local, há 10 km de congestionamento entre a ponte Aricanduva e a ponte da Casa Verde.
No Corredor Norte-Sul, sentido Santana, há lentidão de 4,6 km entre o viaduto João Julião da Costa Aguiar e o viaduto Tutóia.
A paralisação, segundo o sindicato, é em razão de a categoria se posicionar contra a Parceria Público Privada (PPP) que trata da concessão para a exploração dos serviços de transporte de passageiros da Linha 4 - amarela, que interligará por túnel a Vila Sônia ao bairro da Luz, no centro da Capital.

Alternativas

Em razão da greve, que deve durar 24 horas, a a Secretaria Municipal de Transportes (SMT) lançou um plano de emergência - Plano de Apoio Entre Empresas Frente a Situações de Emergência (Paese). Além da suspensão do rodízio municipal, todas as linhas integradas aos terminais do metrô farão o trajeto dos bairros até o centro da cidade, além das linhas que normalmente já se deslocam até o centro.
As operadoras do transporte coletivo estrutural (concessionárias de ônibus) também vão operar com a frota máxima durante todo o dia. A CET deve CET colocar na rua todo o seu efetivo operacional (homens e viaturas) nos arredores dos pontos mais movimentados e terminais de ônibus.
Haverá, ainda, operação especial nos corredores paralelos às linhas de metrô, principalmente nos corredores formados pelas avenidas Paulista/Domingos de Morais/Jabaquara e Cruzeiro do Sul/Tiradentes (norte-sul) e na avenida Radial Leste.

FONTE: TERRA