31 outubro, 2006

Após suspensão, decolagens recomeçam com atraso


De acordo com a rádio CBN, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, as companhias Gol e Tam já apresentam atrasos em diversas decolagens. A BRA ainda não registra atrasos na manhã de hoje.
A segunda-feira também foi marcada por atrasos em vários aeroportos do Brasil. A causa, segundo a Aeronáutica, é o excesso do fluxo em Brasília, que gerou reflexos em aeroportos do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Vitória e Brasília.
Depois de atrasos que duraram até uma hora, a situação começou a se normalizar e as decolagens recomeçaram, mas com atraso.
No aeroporto internacional Tancredo Neves, em Belo Horizonte, um dos primeiros a ter as decolagens suspensas, depois da paralisação as 16h10, às 19h40 os vôos recomeçaram com um intervalo de trinta minutos entre eles.
Na nota conjunta a Anac e o comando da Aeronáutica afirmam que "problemas de excesso no tráfego (..) geraram a necessidade de retenção de algumas aeronaves no solo", principalmente em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.
Para resolver a situação, foram priorizados os pousos e decolagens da aviação civil e funcionários de Brasília foram remanejados a fim de suprir a falta dos oito controladores afastados por investigações.
A Aeronáutica diz que implantou um "rodízio de decolagens" no aeroporto de Brasília e que isso provocou atrasos de até uma hora no meio da manhã. "No final da tarde, por ser um horário de pico, estamos retomando a operação, o que faz com que as aeronaves fiquem de 15 a 20 minutos esperando para decolar".
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Carlos Botelho, afirmou que a organização não tinha conhecimento da suspensão de vôos, mas admitiu que os controladores haviam alterado o ritmo de trabalho mesmo antes da decisão da Anac.
"Isso, que a mídia está chamando de 'Operação Padrão' nada mais é do que a situação que deveria existir. Há muito tempo nós estamos resolvendo o problema da aviação e das companhias em detrimento à segurança. Agora resolvemos que não vamos mais correr esse risco".
Botelho citou a nota recém-divulgada pela Aeronáutica e disse que o órgão está "reconhecendo que há uma sobrecarga no trabalho e admitindo a necessidade de diminuir o tráfego por segurança".Nesta terça, representantes da Agência Nacional de Avião Civil (Anac), Infraero e Aeronáutica se reúnem em Brasília para discutir a situação dos controladores de vôo nos aeroportos brasileiros.

FONTE: IG