Líder do MST é preso ao sair de velório de sem-terra
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e líder do movimento em Pernambuco, Jaime Amorim, foi preso hoje quando saía do município de Itaquitinga, a 84 quilômetros do Recife. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz da 5ª Vara Criminal do Recife, Joaquim Pereira Lafayete Neto, por entender que em liberdade, Amorim "poderá colocar em risco a paz e a segurança de cidadãos de bem".
Qualificada como "um mal necessário para a garantia da ordem pública e fiel aplicação da lei", a base da preventiva é um processo que apura a depredação do consulado dos Estados Unidos, no bairro da Boa Vista. A manifestação em novembro de 2005, contra o governo do presidente norte-americano George W. Bush, foi liderada pelo dirigente do MST. Pedras e tinta foram jogados no prédio e o policial militar Almir José de Barros foi atingido com uma lixeira. De acordo com o juiz, houve desobediência da ordem policial, deterioração da coisa alheia e incitação ao crime. O juiz alegou ainda que Amorim tem antecedentes e não tem endereço fixo.
Advogados, políticos ligados à questão agrária e movimentos de direitos humanos se reuniram com o presidente do Tribunal de Justiça, Fausto Freitas, e entraram com pedido de habeas-corpus para conseguir libertar Amorim ainda hoje.
Amorim foi preso logo depois de participar do sepultamento de Josias Barros Ferreira, de 28 anos, uma das principais lideranças do MST no Estado. Ele dirigia um Fiat Uno e estava acompanhado dos dirigentes regionais Alexandre Conceição e Edílson Barbosa. Deixava a cidade para se dirigir a Vitória de Santo Antão, na região metropolitana, para o enterro de outro dirigente do MST, Samuel Matias Barbosa, de 34 anos. Os dois foram assassinados a tiros no domingo no acampamento Alto da Balança, em Moreno, por dissidentes do acampamento.
O Fiat dirigido por Jaime foi interceptado na saída da cidade por dois carros, ocupados por cerca de sete policiais fortemente armados e à paisana, de acordo com Alexandre Conceição. "Pensamos que era um atentado", disse. "Jaime mostrou a habilitação, os homens confirmaram sua identificação em voz alta e o prenderam". Sem algemas, Jaime Amorim foi levado para o Instituto de Medicina Legal, para exame de corpo de delito, e em seguida encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.
"Isso é uma provocação", reagiu Joba Alves, outro integrante do MST. "O juiz não diz a verdade quando diz que Jaime não tem endereço fixo", complementou Edílson Barbosa, para quem Jaime pode ser encontrado facilmente e está sempre dando entrevistas à imprensa.
FONTE: IG
Qualificada como "um mal necessário para a garantia da ordem pública e fiel aplicação da lei", a base da preventiva é um processo que apura a depredação do consulado dos Estados Unidos, no bairro da Boa Vista. A manifestação em novembro de 2005, contra o governo do presidente norte-americano George W. Bush, foi liderada pelo dirigente do MST. Pedras e tinta foram jogados no prédio e o policial militar Almir José de Barros foi atingido com uma lixeira. De acordo com o juiz, houve desobediência da ordem policial, deterioração da coisa alheia e incitação ao crime. O juiz alegou ainda que Amorim tem antecedentes e não tem endereço fixo.
Advogados, políticos ligados à questão agrária e movimentos de direitos humanos se reuniram com o presidente do Tribunal de Justiça, Fausto Freitas, e entraram com pedido de habeas-corpus para conseguir libertar Amorim ainda hoje.
Amorim foi preso logo depois de participar do sepultamento de Josias Barros Ferreira, de 28 anos, uma das principais lideranças do MST no Estado. Ele dirigia um Fiat Uno e estava acompanhado dos dirigentes regionais Alexandre Conceição e Edílson Barbosa. Deixava a cidade para se dirigir a Vitória de Santo Antão, na região metropolitana, para o enterro de outro dirigente do MST, Samuel Matias Barbosa, de 34 anos. Os dois foram assassinados a tiros no domingo no acampamento Alto da Balança, em Moreno, por dissidentes do acampamento.
O Fiat dirigido por Jaime foi interceptado na saída da cidade por dois carros, ocupados por cerca de sete policiais fortemente armados e à paisana, de acordo com Alexandre Conceição. "Pensamos que era um atentado", disse. "Jaime mostrou a habilitação, os homens confirmaram sua identificação em voz alta e o prenderam". Sem algemas, Jaime Amorim foi levado para o Instituto de Medicina Legal, para exame de corpo de delito, e em seguida encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.
"Isso é uma provocação", reagiu Joba Alves, outro integrante do MST. "O juiz não diz a verdade quando diz que Jaime não tem endereço fixo", complementou Edílson Barbosa, para quem Jaime pode ser encontrado facilmente e está sempre dando entrevistas à imprensa.
FONTE: IG
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