14 dezembro, 2006

Achados R$ 15 mil com homens que queimaram família


A polícia de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, encontrou ontem R$ 15.459,26 em cheques, notas e moedas roubados da loja Sinhá Moça dentro do forro da casa de um dos criminosos, o eletricista Luís Fernando Pereira. O dinheiro foi encontrado depois da informação dada pelo eletricista e seu comparsa e cunhado, o serralheiro Joabe Severino Ribeiro. De acordo com o delegado-seccional da cidade, Paulo Tucci, os dois prestaram depoimento formalmente e confessaram ter incendiado o Fiat Palio, matando a gerente da loja Eliana Faria da Silva, de 32 anos, Leandro Donizete de Oliveira, de 31 anos e o filho Vinícius, além de ferir a funcionária Luciana Dorta Gomes, de 27 anos.
Para o delegado, o caso está encerrado. A motivação seria o roubo. “A função de cada um: Joabe era o truculento, que já tinha sido preso pelo mesmo tipo de crime e Pereira, o que tinha informação das vítimas. Inclusive o Pereira teria realizado reparos na residência do casal”, disse Tucci. Segundo ele, há dois indícios de que o crime foi planejado: os bandidos levaram a lata de tíner no carro e Joabe disse para o cunhado que se fossem reconhecidos "era para matar as vítimas".

Velório do casal

O homem apontado pela polícia como mentor do assalto foi ao velório das vítimas na segunda-feira, 15 horas depois de tê-las queimado vivas. Parentes contaram que o eletricista fingiu solidariedade à família para levantar informações sobre a investigação do crime. Também quis saber o estado de saúde de Luciana.
Única sobrevivente do crime, ela escapou do carro ainda em chamas e tirou do veículo o menino Vinícius. O garoto teve 90% do corpo queimado e morreu anteontem. Luciana permanece internada, com queimaduras em 70% do corpo. Segundo parentes do casal, Pereira prestava havia dez anos serviços para a loja - ele fez a família e Luciana reféns para roubar dinheiro do cofre da loja. O nome do eletricista estava na agenda de Eliana.
Além de ir à cerimônia no cemitério, Pereira esteve, no dia do crime, na Delegacia Seccional de Bragança e falou com o marido de Luciana, o motorista de transporte escolar Fábio Gomes Dorta, de 27 anos. “Meu irmão conversou com ele (Pereira) sem saber que era um dos criminosos. O rapaz queria saber o estado de saúde da Luciana”, disse o também motorista Pablo Gomes Dorta.

Reconhecimento

Segundo a polícia, na noite de domingo, quando sua família foi feita refém pela dupla, Eliana disse baixinho para a colega: “Fica tranqüila que eu sei quem está fazendo isso.” A frase teria sido ouvida pelo serralheiro Joabe Severino Ribeiro, de 36 anos, preso na segunda-feira, que também confessou o crime. Com receio de que fosse reconhecido, ele ordenou ao comparsa, seu cunhado, que os reféns fossem mortos. Os criminosos jogaram tíner no carro e atearam fogo. Eliana estava amarrada no banco da frente e Leandro, preso no porta-malas. Luciana e Vinícius estavam no banco de trás. O casal morreu carbonizado.
O cunhado contou que Luciana conseguiu sair do Palio e puxar o menino porque a porta de trás do carro estava aberta. Depois, rolou na grama para apagar as chamas. “Os bandidos voltaram e Luciana se fingiu de morta. Ainda ouviu um dos criminosos falar: ‘O menino está vivo, mas não pega nada’.” Encontrado na estrada em estado de choque, Vinícius levou os policiais até o Palio incendiado.

FONTE: TERRA

2 Comments:

Blogger Unknown said...

Impressionante ninguém manifestar sua indignação contra esse crime bárbaro praticado contra uma família. Imagine se fosse a sua! Ocorre que por razões sociológicas,históricas e religiosas o Brasil se tornou um país que desvaloriza o trabalho e demoniza as pessoas bem-sucedidas. A falta de indignação por parte do povo contra esse crime horrendo se dá justamente pelo fato da inveja das pessoas, que vêem a morte do próximo que atingiu um objetivo de realização material como um consolo ao seu próprio insucesso. Ficou claro que quando alguma pessoa de uma classe mais alta vem a ser assassinada por um crime hediondo, a indignação das pessoas tende a ser baixa. A razão é um pensamento atrasado de demonização do esforço , do trabalho e do sucesso material que advém da escravidão implementada pelos portugueses (os quais só atrasaram esse país) maquiados pela igreja católica que põe como pecado o sucesso profissional. As bestas que cometeram o crime, os quais são monstros tanto na aparência quanto na sua conduta, se mostram alheios ao fato que cometeram, afirmando: Sou um monstro.
A polícia civil de Bragança paulista por sua vez tenta maquiar o péssimo trabalho que faz mostrando que apreendeu 15 mil reais. Por que esses policiais se preocupam tanto em recuperar o dinheiro e não em impedir que atrocidades dessas ocorram, agora uma família brasileira já foi morta carbonizada, a polícia não impediu isso. O sistema penal por sua vez perdoa criminosos da pior espécie ao mesmo tempo em que mantém presídios fora das condições dos direitos humanos previsto nos tratados de direito internacional. O fanatismo religioso de muitos juízes e agentes públicos os afastam da racionalidade no combate ao crime e na proteção à vida, como podemos ver no caso do namorado que seqüestrou e matou a namorada e atirou na face da sua amiga após esta ser induzida pelos policiais a entrar novamente na jaula do leão.
Não se deve banalizar a violência. Não se deve pedir a Deus para que impeça que barbaridades aconteçam, como o crime praticado contra o menino João Hélio. Aquele que não treme de indignação contra esses crimes não valoriza sua própria família e se afasta da condição de ser-humano. O crime deve ser combatido com inteligência e raciocínio, sem paixões e excessos. A sociedade deve se voltar contra essas bestas criadas. Crimes contra à vida são imperdoáveis, quanto mais quando praticado contra uma família.

2:40 PM  
Anonymous luciana said...

queria que eles passassem o resto da vida e da eternidade na prisão, trabalhando o serviço mais pesado que existe dia e noite sem dormir...odeio eles!!!!!

10:20 AM  

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